quinta-feira, julho 26, 2007

celebração de um ano virtual


Touro Sentado, Tribo Sioux (América do Norte)

Pois é, este blogue faz hoje um ano de existência virtual,quero agradecer (isto é se as coisas se agradecem) a todos os que se entreteram com este lugar e daqui levaram alguma coisa útil para as suas vidas quotidianas.

Bem hajam a todos!

Para a comemoração escolhi uma mensagem do Touro Sentado da tribo dos Sioux:

Touro Sentado

"Tatanka Yotanka, ou Touro Sentado, Guerreiro Sioux, Lider Tribal da Divisão Hunkpapa Teton e mais tarde um "sonhador" sagrado, esteve em pé de guerra quase continuamente de 1869 a 1876.
Povoadores brancos chegavam constantemente, e ainda mais desastroso para os indios, tinha-se descoberto ouro no território das Colinas Negras. A seguir a esta descoberta em 1875, o governo ordenou que os Sioux deixassem os seus territórios de caça do rio Pó, terras que lhe tinham sido garantidas pelo tratado de 1877, Touro Sentado exprimiu grande amor pela sua terra natal, "um amor totalmente mistico", escreve o biógrafo de Touro Sentado. Ele costumava dizer que todos os pés que sejam saudáveis podem ouvir o próprio coração da terra sagrada... levantavam-se sempre antes da alba, e gostava então de caminhar para molhar os pés no orvalho da manhã."

"Olhai meus irmãos, chegou a primavera; a terra recebeu os abraços do sol e em breve veremos os resultados desse amor!
Cada semente despertou e o mesmo se passa com toda a vida animal. É através desse misterioso poder que também nós temos o nosso ser e que do mesmo modo consentimos aos nossos vizinhos, mesmo animais vizinhos, um direito igual ao que temos, de habitar a terra.
No entanto, ouvi-me, minha gente, nós agora temos que tratar com outra raça - que era pequena e fraca quando os nossos pais a encontraram pela primeira vez, mas que agora é inumerável e esmagadora. Por estranho que pareça, tem propensão para cultivar o solo mas o amor da posse é uma doença entre eles. Essa gente fez muitas regras que os ricos podem quebrar mas não os pobres. Tiram dos pobres e dos fracos para alimentar os ricos que mandam. Afirmam que esta nossa mãe de todos nós, a terra, é deles, e separam-se com vedações dos vizinhos, e desfiguram-na com os seus edificios e o seu lixo. Essa nação é como uma torrente furiosa que salta das suas margens e destroi todos os que estão no seu caminho.
Não podemos habitar lada a lado. Há sete anos apenas fizemos um tratado no qual nos era assegurado que o país do búfalo seria nosso para sempre. Agora ameaçam tirá-lo de nós. Meus irmãos, devemos submeter-nos ou devemos dizer-lhes: "Matem-me antes de tomar posse da minha Terra Natal"..."

(O Sopro das Vozes. Textos de indios americanos, Assirio & Alvim)

segunda-feira, julho 23, 2007

Patrimónios: a dificil definição




A palavra património diz-nos que é alguma "coisa" que sobrevive ao passar do tempo e que é necessário preservar a todo o custo. Daqui resultaram inúmeras formas de hegemonização de um tipo de discurso essencialista, assim como, por consequência,se verificou por todo o recanto uma intensa activação de inúmeros repertórios patrimóniais, tendo como justificação a necessidade de preservação ou revificação da experiência cultural, tida como única e irrepetível. Quando falamos de património estamos também a falar de identidade, citando Elsa Peralta e Marta Anico, "ambos são ficções que veiculam imagens social e politicamente negociadas, bem como histórica e culturalmente construidas sobre um determinado colectivo humano" (Peralta e Marta anico, 2006).

sexta-feira, julho 20, 2007

GOLD



Foto: Samson Sharky

sexta-feira, julho 13, 2007

Bibliografias



"Transhumance sur la route des alpages (1951)"

140 pages
Edition Images en manoeuvre
63 rue Consolat
13001 Marseille

"En 1951, un photographe marseillais, Marcel Coen, et l'écrivain Maurice Moyal accompagnent des bergers transhumants et un troupeau de 2000 mérinos d'Arles dans leur lent trajet vers les Alpes.

Image fidèle de la transhumance qui est tout sauf une aimable promenade. Un hommage vibrant au courage des bergers d'hier et d'aujourd'hui."

E-mail: ieme@wanadoo.fr

quinta-feira, julho 12, 2007

Somos tão diferentes?



Uma consulta a não perder!

http://www.understandingrace.org/

terça-feira, julho 10, 2007

VII Encontro internacional de pastores, nomadas e transumantes



O museu da transumância de Guadalaviar (Serra de albarracin-Espanha) celebra este fim de semana a sua grandiosa festividade anual. Este ano o destaque vai para a cultura Mongol.

sexta-feira, julho 06, 2007

Pinturas cantadas, arte e performance das mulheres de Naya



"A exposição mostra as obras realizadas pelas mulheres das comunidades Patua do Estado de Bengala na Índia que cantam as histórias que pintam em extensas tiras de papel. Os temas tanto retomam o reportório das tradições orais da comunidade como falam de mudanças sociais e políticas e acontecimentos que marcam a vida da aldeia, do país ou do mundo.
De 5 de Julho até 31 de Dezembro no Museu Nacional de Etnologia em Lisboa.

São pinturas em folhas de papel justapostas, coladas em tecido, muitas vezes reaproveitadas de outros usos, que as torna mais flexíveis e resistentes à sua continuada manipulação. Ali se encontram representados os mais variados temas, uns retomados da tradição oral, onde divindades e personagens de toda a índole são protagonistas de histórias inúmeras vezes repetidas, outros abordam assuntos da mais próxima actualidade.
Pode tratar-se da narração de acontecimentos de grande ressonância mediática e planetária, como o ataque ao World Trade Center de Nova Iorque em 11 de Setembro de 2001, ou o tsunami de Dezembro de 2004.
Mas podem também ter o alcance de uma campanha informativa e cívica, como ocorre com a luta contra a Sida ou contra a discriminação de género, que no infanticídio de bebés do sexo feminino encontra uma das suas mais radicais e violentas manifestações.
Estamos perante uma forma de expressão e prática cultural de grande profundidade temporal, antes desempenhada por homens, mas que as mulheres foram aprendendo e utilizando como instrumento da sua afirmação e promoção económica. Para tal, tiveram de conjugar a competência técnica do desenho e da pintura com a capacidade performativa da narrativa que se consubstancia nas canções que dão corpo à pintura. Através do simples contacto com os rolos pintados percebem-se estilos pessoais, variações de linguagem e a profusa diversidade dos temas."

Publicado em 2007-06-27

(Fonte: Instituto Português de Museus- http://www.ipmuseus.pt/)






http://www.ipmuseus.pt/pt/noticias/H28699/TA.aspx