segunda-feira, fevereiro 28, 2011

PARA OS OUVIDOS...



*estou nesta frequência*

domingo, fevereiro 27, 2011

A MAGIA DOS LUGARES...

catedral de ourense, espanha, 2010.

a força do sagrado...

PELAS TERRAS DO PARQUE NATURAL TEJO INTERNACIONAL


rosmaninhal, parque natural tejo internacional, 2011.

aconteceu ontem, esta visita a este lugar de singular beleza e espanto. fomos ao encontro do silêncio e dos ténues despertares da natureza. *repirar. *respirar. *respirar.

sábado, fevereiro 26, 2011

SANTUÁRIOS RAIANOS


N. Sª da Azenha, cabanal anexo, 2011.

SANTUÁRIOS RAIANOS

N. Sª da Azenha, 2011.



"À ermida da Senhora da Azenha vai o povo e câmara desta vila com os párocos das duas freguesias com procissão e sermão cantando aleluias na segunda oitava da Páscoa da Ressurreição, presidindo alternativamente os párocos das duas igrejas com a cruz da sua freguesia, em ela dizendo missa conventual, com assistência da câmara, que dá aí jantar aos párocos e pregador. está distante da povoação uma légua em planicie com arvoredo de árvores silvestres chamadas azinheiras, donde suponho tem o nome a dita Senhora. À mesma ermida vai também o pároco de Penha Garcia, com a sua cruz e fregueses na dominga primeira depois da Ressurreição."


( Pedro Rego da Silva, Concelho de Idanha-a-Nova, Memórias Paroquiais - Transcrições, "Monsanto", p. 42)

***

estas preciosas informações integram um interrogatório relativamente vasto elaborado pelo padre Luis Cardoso, da Congregação do Oratório de S. Filipe Nery, em 1757.

domingo, fevereiro 20, 2011

ARQUITECTURAS TRADICIONAIS, IDANHA-A-NOVA

tronco para ferrar as vacas, rua dos Açougues, Idanha-a-Nova. 2010


é conhecido pelos populares como "tronco para ferrar as vacas". tal como a própria designação indica, servia para essa mesma função, ferrar o gado de trabalho. por todas as aldeias do concelho multiplicam-se nas suas paisagens urbanas estruturas identicas, hoje completamente desfuncionalizadas e por este mesmo motivo, esquecidas. algumas já desapareceram, os materiais foram reaproveitados, ficando apenas o topónimo do lugar. bem sabemos que pertencem a essa infeliz categoria de "patrimónios menores", porém, são documentos importantíssimos que assinalam a expressão de uma funcionalidade, de um labor e de um saber-fazer pertencente a esse remoto mundo rural. quanto a mim, é urgente a elaboração de um inventário sobre estes e outros "patrimónios menores" que existem no concelho (moinhos, pontes, lavadouros, troncos de ferrar, fontes, cruzes de caminhos, etc, etc). aliás, embora já de uma forma residual, são eles que falam da memória de uma paisagem e dos seus usos. face à sua total desfucionalidade, mais fácil serão as reflexões museológicas a pensar e a fazer em torno deles. também a sua (re)centralidade nos "olhares" irá contribuir para fundar novas identidades da paisagem rural e a estabelecer ligações com a paisagem natural.

sobre a história deste exemplar em Idanha-a-Nova consegui este importante legado:

"João Nunes, casado, policia civil, residente em Lisboa pede licença para colocar um tronco para oficina de ferrador no sitio dos Açougues, detrás da casa da escola (1912)."

(Arquivo Municipal de Idanha-a-Nova)

sábado, fevereiro 19, 2011

ARQUITECTURAS TRADICIONAIS, PENHA GARCIA

situa-se nas proximidades de penha garcia este exemplar de uma arquitectura tradicional completamente inoperante. trata-se de um pequeno abrigo em falsa cupula construido com os materiais da proximidade (quartzitos). a sua importância centra-se nas multiplas reutilizações e nas possiveis lições que dele possamos retirar.

quinta-feira, fevereiro 17, 2011

PAISAGEM E MEMÓRIA


revisitamos a paisagem e enriquecemos o olhar...

quarta-feira, fevereiro 16, 2011

MUSICA PASTORIL DE MALTA




jackson's Zaqq U Tanbur, Malta - gravado em Monsanto, 2010.

segunda-feira, fevereiro 14, 2011

MICHEL GIACOMETTI, FILMOGRAFIA Vol 1


inicio aqui um périplo pela reedição (finalmente) de parte da filmografia gravada pelo grande mestre m. giacometti (M.G.) conjuntamente com a equipa de colaboradores neste interessante projecto ("o povo que canta", RTP, 1970). opto assim por dedicar, intermitentemente, um olhar para cada um destes sensacionais volumes editados semanalmente pelo jornal público (coord. paulo lima). no presente volume, para além das respectivas contribuições dos principais "organizadores" da obra, destaco a entrevista editada por adelino gomes a M.G. uns meses antes deste morrer, onde M. G. responde de forma esclarecedora e lúcida a essa tendência genaralizada e redutora, a que assistimos com demasiada frequência, de se esboçarem mágicas conjugações a partir de raciocinios pouco ou nada fundamentados e que curiosamente teimam em repetir-se nos dias de hoje, nos mais diversos dominios disciplinares. sobre este caso concreto, escreve-se que havia um padre (Alcobia) que tinha formulado uma tese onde argumentava que o canto alentejano ia buscar as suas principais raízes ao canto gregoriano. sobre o qual contrapôs M. G colocando sobre a mesa as multiplas e quase infinitas possibilidades que é necessário contar:

"há a situação geográfica peculiar do país, a miscigenação com árabes e judeus, os Descobrimentos e a fixação de escravos africanos, as relações com várias etnias reunidas sob a coroa de Castela, a sedentarização de tribos ciganas, os movimentos migratórios e, por fim, a intervenção criadora do povo" (p. 32)

assim, fica claro que o discipulo que tenha presente sempre este quadro de análise e prossiga estas mesmas linhas ou directrizes de trabalho e coloque de lado todas as hipoteses redutoras das teses essencialistas que tendem apenas a fragilizar duplamente o raciocinio, encontrará, com toda a certeza, a senda do verdadeiro conhecimento...

domingo, fevereiro 13, 2011


fotografei esta singular planta (desconheço a designação) na proximidade do LNEG (Lisboa).

quinta-feira, fevereiro 10, 2011

IMPORTANTÍSSIMO, VITAL, PRECIOSO...

ouvi, durante a comunicação do director do museu nacional de etnologia, Joaquim Pais de Brito, no decorrer do colóquio "Património Imaterial em Portugal" e na sequência das suas palavras sobre o uso da fotografia a preto e branco pela equipa fundadora do museu durante as suas investigações, o seguinte comentário sobre esta obra magistral (patrocinada pela Câmara Municipal de Idanha-a-Nova) da autoria de um dos elementos dessa mesma equipa (Benjamim Pereira):

*"o livro do azeite, da autoria de Benjamim Pereira, é um caso absolutamente notável da história da edição portuguesa, talvez nunca se tenha editado fotografia a preto e branco como naquele livro!"

*joaquim Pais de Brito


PAISAGENS MINEIRAS, ESCOMBREIRAS DAS MINAS DA PANASQUEIRA


para mim, estas paisagens mineiras estão nessa estranha fronteira, pois tanto têm de belo como de feio. tudo depende do lugar em que construimos os nossos discursos.

quarta-feira, fevereiro 09, 2011

NA CONTINUAÇÃO, MUSEU DE ETNOLOGIA

porém, conforme referi anteriormente, nessa perspectiva holistica de que o museu está muito para além dos seus acervos, acrescento que também são os seus acervos que permitem ao museu se projectar/problematizar na sociedade que o acolhe. esta exposição que pode ser visitada no MNE, intitulada "Exercicio de inventário. A proposito de duas doações de olaria portuguesa", afirma-se, através do seu importantissimo catálogo, como um exemplo absolutamente notável inscrito nessa dimensão problematizante de "exercicio" que encerram os multiplos acervos no seio dos museus, os seus territórios de proveniência, assim como os actores e protagonistas que mediaram o respectivo processo de recolha, nesse fecundo e complexo processo de revisitação.

terça-feira, fevereiro 08, 2011

FAZER COISAS COM AS MÃOS: BRINCAR COM A NATUREZA


foi em ourense (espanha), numa pequena exposição dedicada aos patrimónios, que registei com redobrado vislumbre este mundo fantástico há muito esquecido. muitas destas pequenas preciosidades podiam muito bem fazer parte dos curriculos escolares. afinal, num mundo que se (re)pensa quotidianamente em termos de sustentabilidade ecológica, haverá algo mais prático e gerador de fecundas sociabilidades para com o meio natural do que estes brinquedos elaborados a partir destas matérias vegetais (ou de outras)? de um universo imenso que estava exposto e que tive a oportunidade de registar, escolhi estes pela temática pastoril, pois ouvi muitos e muitos pastores referirem-se às suas brincadeiras de outrora baseando-se nestes mesmos modelos. um encanto, fazer coisas com as mãos e brincar com a natureza...

segunda-feira, fevereiro 07, 2011

AINDA NO MUSEU (MNE)

porque um museu está muito para além dos seus acervos...

domingo, fevereiro 06, 2011

MUSEU NACIONAL DE ETNOLOGIA, PATRIMÓNIO IMATERIAL


aconteceu na passada segunda-feira este importante colóquio sobre o Património Imaterial em Portugal. destaco a fecunda comunicação do director do museu nacional de etnologia (MNE), Prof. Joaquim P. de Brito, onde foi debatida a complexidade de um campo de problemas trazidos pelo Património Imaterial para o seio dos museus. aliás, colocou logo no centro do debate, uma das muitas "fragilidades" que este património imaterial frequentemente tende a confundir e a promover: a ideia de que existem algumas manifestações que são mais singulares que outras. posicionando, portanto, a sua ideia nisto:

"eu gostava de recolocar as dimensões do património imaterial num plano de reflexão geral, sobre as politicas culturais, os individuos em sociedade, a memória, a reprodução social, as projecções no futuro e a maneira como através da sua expressividade, das suas linguagens, do saber acumulado, dos modos de transmissão, se inscrevem no tempo com as dúvidas e as incertezas que todos nós transportamos connosco, em grupo, em vida social."


sábado, fevereiro 05, 2011

CARTROGRAFIAS OCULTAS


cuidai desse vosso olhar decifrador de cartrografias ocultas.
não deixai que outros vos ensinem a olhar.

terça-feira, fevereiro 01, 2011


ontem, no museu nacional de etnologia